O juiz George Wu é o responsável por decidir se concede ou não os diretos do documentário de Michael Jackson, “Leaving Neverland”, a HBO. Wu emitiu uma decisão provisória nessa quinta-feira, na qual negou a moção da HBO. Espera-se que Wu faça a decisão final até o final de setembro.
“Leaving Neverland” é um documentário de quatro horas que apresenta alegações de dois homens, James Safechuck e Wade Robson, que dizem ter sido abusados sexualmente por Jackson ao longo de vários anos quando eram crianças. O advogado da família Jackson argumenta que, ao dirigir o documentário, a HBO violou um acordo de não depreciação de um filme de concerto de 1992 da turnê “Dangerous” de Jackson.
O advogado também criticou duramente a HBO por não incluir sua refutação às alegações no filme, e foi a um tribunal tentando obrigar uma arbitragem pública à disputa do contrato. A HBO disse que o contrato de 26 anos não se aplica mais.
Os advogados da HBO, liderados por Theodore Boutrous, pediram nessa quinta-feira que o reconsiderasse a decisão.
“Foi arquivado para relaxar o discurso”, argumentou Boutrous. “Foi arquivado para dizer ao mundo: Não fale sobre abuso sexual de crianças. Uma empresa como a HBO pode ser capaz de reagir e seguir em frente. Outros podem não ser capazes de fazer isso. ”
Wu reconheceu que as questões legais no caso são questões fechadas e que sua decisão provavelmente será difícil.
“Você é uma grande empresa, eles são um patrimônio rico”, disse ele aos advogados da HBO. “É um choque dos titãs”.
Fora do tribunal, John Branca, um co-executor do patrimônio de Jackson, disse que a HBO está tentando evitar uma exibição pública de ambos os lados da história.
“Nunca vi uma organização de mídia lutar tanto para manter um segredo”, disse ele. “Estamos dizendo que vamos divulgar todos os fatos, não apenas duas histórias de dois acusadores com interesse financeiro”.
Um porta-voz da HBO disse: “Estamos aguardando a decisão final do juiz”.
