Hollywood apresentou uma grande variedade de papéis principais representados por mulheres e pessoas de pele negra e diferentes grupos étnicos em 2018.
Graças à pressão do público, as telonas estão se apresentando mais inclusivas nos últimos tempos. Embora seja o balanço de 2018, essa é uma realidade crescente em Hollywood.
Apesar de “Pantera Negra” e “Podres de Ricos” terem atraído para si os olhares de aprovação em virtude da quebra de barreiras, há algo muito maior se desenvolvendo por trás desses. Afinal, já existe um número grande de produções que apresentam em seu elenco representantes femininos e de grupos raciais e étnicos. O que antes era sub-representado, agora ganha destaque em papéis significativos. Esses dados foram levantados pela Annenberg School of Communication and Journalism da USC.
Os estudos dão conta que, durante todo o ano de 2018 39% dos filmes campeões de bilheteria tiveram mulheres desempenhando papéis de liderança ou co-liderança. O que significa um aumento de quase 100% em relação há dez anos atrás. Além da efetiva participação das mulheres, houve também um significativo aumento na participação de grupos raciais e étnicos em papéis de destaque.
Segundo Stacy L. Smith, diretora da USC Annenberg Inclusion Initiative, as empresas do ramo do cinema estão se esforçando para ser inclusivas. Ainda em suas palavras, os estúdios estão entendendo que as barreiras que existiam para esse avanço eram baseadas apenas em ‘mitologias’.
Embora o avanço seja inegável, há que se considerar, porém, que ainda há uma importante parcela da população a ser observada. É o caso, por exemplo, da população LGBTQ e de deficientes, que representaram apenas 1,3% de participação nos últimos três anos. Além disso, é necessário que se considere fatores como idade ou porte físico na inclusão.
Entretanto, já há motivos suficientes a serem comemorados. Mais do que isso, há elementos sólidos para que se tenha esperança em uma inclusividade extensiva e progressiva.