“Em Carne Viva”: Jaqueline Woodson aborda mazelas sociais e juventude

Ainda que o mercado literário tenha sofrido modificações consideráveis na última década, sobretudo pelo avanço da tecnologia, há, atualmente, um movimento de ascensão desse, o qual é marcado por potenciais jovens consumidores estimulados pelo marketing de estratégia, cenário que refletiu no engajamento da obra “Em carne viva”.

"Em Carne Viva": Jaqueline Woodson aborda mazelas sociais e juventude
“Em Carne Viva”: Jaqueline Woodson aborda mazelas sociais e juventude

Nesse sentido, a fim de reestabelecer a conexão dos leitores com as grandes obras, as editoras estão apostando em marketing voltado a internet, sobretudo nas redes sociais, onde se encontra a maior parte da geração Millennials e da geração Z.

Além desse, as temáticas das obras estão centralizadas em problemas sociais amplos, os quais são pautas entre tais gerações, o que contribui para reestabelecer o vínculo com esse público.

Esse fato, por sua vez, é refletido no lançamento do livro “Em Carne Viva”, obra da editora americana Jaqueline Woodson.

Jaqueline é mundialmente conhecida por ter como o centro de suas obras jovens negros e todas as mazelas sociais que os englobam, independente do país em que esses se localizam.

Tem em seu currículo cerca de 30 livros publicados, os quais a renderam prêmios notáveis, como o Memorial Astrid Lindgren, de 2018, todas as obras voltadas para o público jovem.

Porém, nos últimos anos, com o objetivo de intensificar mais a temática social e conseguir mostrar a realidade de forma mais crua, sem velar, Jaqueline passou a escrever livros mais adultos, como Um Outro Brooklyn e Red at the Bone.

Assim, segue a mesma temática na obra “Em carne viva”. Essa, por sua vez, traz um casal de adolescentes,  Iris e Aubrey, ambos pretos, que descobriram que seriam pais de forma inesperada.

Tudo isso é ambientado em Tulsa, em 1921, cenário de um incidente impactante de violência racial na história dos EUA, inclusive com ataques aéreos direcionados a um bairro conhecido como “Wall Street negra”.

Jaqueline aborda o desejo sexual na juventude, a ambição, a segregação racial e de classes e a vida com a paternidade. É uma obra emocionante e reflexiva, sobretudo sobre a pressão, em diversas vertentes, sob o jovem.

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